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Série Talento - Episódio Dois


Para assistir ao episódio no Canal PJ Vulter click na imagem

O problema da existência do Talento está associado à ideia do dom divino. As pessoas não podem aceitar - e apenas por ego - que a alguém tenha sido ofertado um talento. Então e se, em vez o verem como divino, o virem como resultado da vossa estrutura genética?


Genéticamente, nós vimos com um conjunto de apetências e são essas apetências que nos dão os nossos talentos. E é por isso que não adianta, muitas vezes, insistirmos num determinado caminho; porque, nalguns casos, conseguiremos alguns resultados, mas, a maior parte deles, serão medíocres e frustrantes. Vou usar uma metáfora automóvel: se conduzires um Fiat 500 Abarth e quiseres picar-te com um Ferrari; o que é que vai acontecer?


Vais perder. O Ferrari arrancará logo à tua frente e chegará à meta primeiro. Mas tu também vais chegar à meta, sem dúvida; tens um carro veloz, com motor e quatro rodas. Contudo, chegarás muito mais tarde e com muito menos satisfação. Mas - a verdade - é que tu nem tentarás fazer isso, porque sabes que não tens hipóteses nenhumas de sucesso; afinal, as características técnicas de um Ferrari dão-lhe uma melhor performance...


Então; porque é que insistirias em fazê-lo?


Com o talento é precisamente a mesma coisa. Se podes ter melhores resultados prosseguindo um caminho que é o teu, que é aquele para o qual vens genéticamente favorecido, porque tentarás fazer o caminho ao lado?


Fará isto algum sentido?!


Então, porque é que isto acontece?


Acontece, porque somos manipulados a partir do momento em que nascemos; e porque todos achamos que somos especiais... E somos; só não o somos da maneira que julgamos que é ser especial.

Assim que nascemos os nossos pais fazem logo planos para nós. Infelizmente, porque não são perfeitos - os nossos pais - esses planos - e inconscientemente, é claro - têm somente o objectivo de preencher as lacunas e as faltas que eles sentiram enquanto cresceram. E o resultado, catastrófico a maior parte das vezes, é conduzirem as suas crianças para caminhos que não os delas e que não estão relacionados com os talentos dessas crianças. Outras vezes, essa manipulação ocorre, porque há uma espécie de tradição de família; por exemplo, no exercício da medicina ou da advocacia. E, então, nem há qualquer tipo de raciocínio sobre o que se irá formar, e trabalhar, aquela criança.


Por outro lado, as crianças, só querem agradar aos pais; este é um mecanismo natural e inato, herdado dos tempos pré-históricos, pois são os pais quem garante o sustento e a proteção; há que agradar a quem nos dá isso. Por isso, as crianças, acabam sempre por seguir os pais sem os questionar.


O resultado disto tudo, quando corre mal, só se verá quando essas crianças forem adultas e finalmente começarem a pensar pela sua cabeça; ou seja, quando forem completamente independentes.


E depois há a questão de todos querermos ser especiais... E aqui a culpa já não é dos pais; é da sociedade. A Sociedade só destaca, como especiais, as estrelas e os famosos; não se fala muito de empresários, cientistas, ginastas, taxistas, contabilistas... Só se fala de futebolistas, Bandas e cantores, Modelos, atrizes e atores...


Ora, se queremos ser especiais, o que quereremos ser?!


E é aqui que a bizarria assume os maiores contornos...


(continuará num próximo post)

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