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To Go Where no Writer Has Gone Before

  • PJ Vulter
  • 20 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Um escritor depara-se com muitos desafios.


O primeiro dos quais não é a folha em branco... Bom; vamos lá actualizar isto: o ecrã em branco. O ecrã em branco é aquele momento em que o escritor olha para ecrã do Laptop, PC, portátil - Whatever - e pensa:


«Como é que eu vou começar isto?»


Mas aquele momento é o segundo desafio. O primeiro desafio é saber sobre o que escrever, o que vai contar... Como o vai contar e recorrendo ao quê, as formas e os formatos, as questões estéticas e técnicas, para muitos, são também uma fase deste primeiro momento, contudo, não o são para mim, porque eu trabalho de outra maneira; sim, porque, tal como não há uma só maneira - a certa, vá-se lá saber quem a definiu - para se pintar ou cantar, também não há só uma maneira - e, supostamente, a certa - para se escrever. E para colmatar este momento primeiro, que para muitos é uma tortura e uma ansiedade, recorre-se a muitos estratagemas: o mais conhecido é andar com um bloco de notas atrás para ir apontando as ideias que se possa ter para um romance. Eu, por exemplo, já tentei isso, mas prefiro registar a ideia no meu Smartphone; e depois, em casa, com mais tempo, passo-a para um bloco de notas com alguns melhoramentos...


Depois, quando a ideia base já está definida, é que aparece o ecrã em branco e a pergunta:


«Como raio é que eu vou começar isto?»


Mas estes são apenas dois dos grandes desafios dos escritores; muito mencionados nos livros da «especialidade» e - muito sinceramente - dois que a maior parte de nós - escritores - ultrapassa bem. Há, todavia, desafios que os livros popularuchos sobre e escrita não abordam, e não abordam porque são questões que só se levantam aos Escritores de facto; àqueles que já conseguiram escrever um romance.


Os livros popularuchos sobre a escrita, ou da «especialidade» - se preferirem -, são livros que pretendem insinuar que o ofício de Escritor está ao alcance de qualquer um; são uma espécie de produto subsidiário desta sociedade excessivamente democratizada, onde se quer fazer querer que todos nós podemos ser tudo o que quisermos. E podem perguntar:


- E porque não?


E eu não respondo. Já produzi vários textos, neste blogue, sobre essa temática; vejam a Série Talento - também no Youtube - e compreenderão o que penso sobre isto.


Como dizia, há desafios com que só aos Escritores se deparam. São eles: o desafio de inovar; de experimentar; de se auto-desafiar a; e de tentar ir a onde nenhum escritor foi antes...


Estou certo de que qualquer Escritor que esteja a ler este texto perceberá o que eu quero dizer.


Neste momento, eu, estou a trabalhar num romance, que é a sequela de um anterior, e estou a fazer algo que nunca vi fazerem antes em literatura; desta forma, pelo menos. Poderia não o fazer e ir escrevendo numa espécie de navegação de cabotagem; mas isso não tinha piada.


E mais não digo, porque o segredo é a alma do negócio...


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